Alckmin diz que Lula “inventou um traidor secreto” do governo

São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato a presidente, afirmou hoje que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "inventou um traidor secreto" do governo. Sobre a postura de Lula de não dar nome aos companheiros de partido que o teriam traído, Alckmin disse que ele parece ter tirado proveito das tradicionais brincadeiras de amigo secreto de fim do ano para criar um personagem oculto, que seria responsável pelos esquemas do "mensalão" e do caixa dois de campanha.

"Geralmente, no fim do ano, nós temos os amigos secretos. O presidente inventou um traidor secreto", disse, durante a vistoria a obras de um posto de atendimento médico na região central da capital paulista.

"Há um traidor, mas não se sabe quem é", ironizou o governador. As declarações foram feitas em resposta à entrevista de Lula veiculada ontem (01), Dia de Ano-Novo, pelo programa "Fantástico" da Rede Globo de Televisão.

Na ocasião, o presidente voltou a afirmar que não sabia do esquema de caixa dois de campanha criado pelo PT, mas reconheceu que a legenda "vai sangrar muito" para recuperar a credibilidade.

Além disso, Lula disse que pede a Deus que,"quando tudo isso passar", os que o acusaram lhe peçam desculpas. Apesar de evitar comentários diretos sobre a cobrança de um pedido de perdão, o governador de São Paulo disse que a entrevista de Lula foi "contraditória".

"De um lado, ele disse que o PT vai sangrar e, do outro lado, a sociedade ainda tem de pedir desculpas. Há uma certa contradição aí", acrescentou. Alckmin afirmou ainda que o governo federal não tem como negar a existência de um pagamento irregular para parlamentares, seja por um sistema mensal ou não.

"São fatos concretos", declarou. "Tanto é que já houve deputado que foi cassado, deputado que renunciou." Ele garantiu que o PSDB não tem pressa em definir os possíveis candidatos a governador do Estado para a eleição deste ano.

Sobre a capacidade da sigla de apresentar quadros para competir com aos pré-candidatos a governador de São Paulo Marta Suplicy (PT) e Aloizio Mercadante (PT), Alckmin afirmou acreditar não há motivo para pressa. "Agora que entramos no ano da eleição é que esse processo vai começar", acha.

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