São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato a presidente, disse hoje ao presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), que gostaria de repetir nas eleições deste ano a aliança entre os dois partidos, responsável pelas duas vitórias do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

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Alckmin, Bornhausen, o vice-governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), e o vice-prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab (PFL), reuniram-se no início da tarde de hoje, por cerca de 30 minutos, no Palácio dos Bandeirantes.

"O governador repetiu o que tem dito, da boa experiência entre o PSDB e o PFL e da importância dessa aliança continuar (na disputa dessas eleições)", disse o presidente nacional do PFL, após o encontro no gabinete de Alckmin.

Apesar da perspectiva de as duas legendas caminharem juntas neste pleito, Bornhausen lembrou que o fato de os tucanos não terem um candidato forte a governador de São Paulo influencia uma provável candidatura do PFL.

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O nome mais cotado é o do presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos. "Se houver aliança nacional, temos de fazer uma reengenharia estadual", afirmou o presidente nacional pefelista.

Segundo Bornhausen, na reunião de hoje com o governador de São Paulo, ele, Lembo e Kassab fizeram "qualquer pergunta que pudesse exigir (de Alckmin) resposta difícil". Bornhausen disse que a audiência foi iniciativa do governador, ao saber que eles estariam reunidos no palácio.

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"Quando o governador soube que eu estaria com o Bornhausen e com o Kassab, quis cumprimentá-los", minimizou Lembo. Antes da reunião, o presidente do PFL reafirmou que a sigla só definirá a estratégia que adotará no processo eleitoral deste ano depois de março.

Por enquanto, afirmou, a agremiação vai esperar a definição do prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), pré-candidato a presidente. "Temos um compromisso desde dezembro de 2004, quando ele colocou sua candidatura. Não há razão para mudar o rumo", afirmou.

"Se Cesar Maia ratificar sua candidatura, o assunto está resolvido e uma aliança, é claro que com o PSDB, ficaria para um segundo turno. Se o César Maia abrir mão da disputa, aí discutiremos a coligação com o PSDB", emendou.

Sobre a disputa entre Alckmin e o prefeito da capital paulista, José Serra (PSDB), para ver quem será o cabeça de chapa do partido na sucessão presidencial deste ano, Bornhausen disse que os dois nomes são bons e qualificados.

O presidente pefelista negou que o PFL prefira Serra ao governador. "O Cesar Maia, simplesmente, deu sua opinião. Ele costuma dizer o que pensa", disse, ao referir-se às declarações do prefeito do Rio de que abriria mão da pré-candidatura apenas para apoiar o prefeito de São Paulo.