São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato a presidente, disse hoje que não tem preferência entre a manutenção da reeleição ou a criação de um mandato único de cinco anos para o presidente. De acordo com Alckmin, esta é uma questão que não deve ser relacionada às pré-campanhas para o pleito deste ano, pois a probabilidade de uma mudança constitucional neste sentido é muito pequena no atual momento. "Não tem nenhuma relação", disse, após discursar para pais e alunos de uma escola estadual na zona leste da capital paulista. "Eu acho muito difícil que este ano haja alguma mudança na legislação ou mudança constitucional", afirmou.
Sobre qual dos dois sistemas seria mais adequado para o atual momento vivido pelo Brasil, ele acrescentou: "Tanto faz; isso aí não é uma questão programática." Alckmin lembrou, no entanto, que exerceu as funções de prefeito de Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba (SP), e vice-governador na época em que o sistema político brasileiro previa um mandato único de quatro anos.
"Dava para trabalhar muito bem", ressaltou. A possibilidade de uma modificação no sistema de reeleição adotado no Brasil ganha espaço em diversos segmentos políticos do País, aparecendo até mesmo no discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Mais recentemente, a idéia também adquiriu espaço dentro do PSDB, em especial, entre parte dos adeptos de uma eventual pré-candidatura do prefeito José Serra (PSDB) a presidente. Atualmente, Serra e o governador de São Paulo aparecem como os nomes tucanos mais cotados para disputar a vaga que será aberta no governo.
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