São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, vai defender a adoção de parcerias público-privadas e de sistemas de concessão em sua campanha para a Presidência da República, caso seja o candidato do PSDB. O governador, que disputa a indicação no partido com o prefeito de São Paulo, José Serra, afirmou hoje que esta seria a melhor alternativa para complementar uma política de investimentos públicos, assegurando a infra-estrutura necessária para promover o crescimento econômico do País.
"O investimento público é insubstituível, mas ele não é suficiente", afirmou Alckmin, depois de entregar viaturas para a Polícia Civil de São Paulo. "Aí você soma o investimento privado através de concessão e de PPP", acrescentou.
"Nós todos queremos trabalhar para o Brasil crescer 5%, 6% ao ano, ter um crescimento forte, que é a vocação do País. Mas onde é que vai estar a infra-estrutura para isso", argumentou o pré-candidato. Ele acrescentou que a administração paulista teve uma boa experiência em "recuperar um governo problemático".
As declarações de Alckmin foram feitas em resposta à possibilidade de adotar uma nova política de privatizações caso venha a ser eleito para a presidência da República. Alckmin coordenou parte das privatizações no Estado de São Paulo na época do governador Mário Covas. Mas hoje acredita que esta não seria a melhor alternativa.
"O caminho hoje não é tanto a privatização, mas sim as concessões", ressaltou o governador. "Na privatização você vende um ativo do governo e não vejo razão para isso", acrescentou. Alckmin já havia defendido o modelo de concessões em ocasiões anteriores.
Sobre reformas estruturais, disse que o tema precisa ser tratado com um "sentimento de urgência". "Em 1º de janeiro de 2007, todas as reformas colocadas", disse o governador. Questionado sobre a capacidade do atual governo de fazer as reformas, Alckmin insistiu que não partirá para o ataque ao presidente Lula e ao PT . "Eu não farei campanha contra o presidente, contra o PT. Isso é bobagem e não leva ninguém a nada."
