O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, criticou hoje as questões éticas, a falta de planejamento e a "má gestão" do seu principal adversário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em Fortaleza, Alckmin disse que a renda do brasileiro está inferior à da época do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Reclamou da taxa de juros, apesar da queda de 0,5 ponto percentual da Selic anunciada ontem, e afirmou que a política cambial em curso "é uma armadilha fiscal grave, que acabará tendo conseqüências" negativas ao País.

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Ao lado do senador e presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), e do candidato a vice-presidente em sua chapa, senador José Jorge (PFL-PE), Alckmin falou da questão ética e da "decepção" de todos com o governo Lula. "Corrupção nunca se pode dizer que não vai ter. O ser humano é imperfeito. O que não pode é a impunidade", ponderou. "Talvez o maior erro do governo federal foi ter roubado a esperança. Ninguém mais quer votar. Todo mundo acha que ninguém presta. Há desilusão, desencanto, desesperança" afirmou o tucano. O caminho para enfrentar isso, prosseguiu, é a indignação. "Não podemos perder a indignação.

Na região em que se registra a maior diferença na preferência do eleitorado em relação a Lula, Alckmin anunciou que o PSDB lançará um programa de desenvolvimento para o Nordeste, no Recife, em 4 de agosto. "É um plano nunca feito, nunca visto", prometeu Tasso.

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