O candidato presidencial da coligação PSDB-PFL, Geraldo Alckmin, afirmou que o presidente da República não é eleito para fazer comparações entre seu governo e o governo anterior e considerou importante a multa de R$ 900.000,00 aplicada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por considerar que ele fez propaganda eleitoral antecipada na cartilha Brasil, um país de todos, publicada por órgãos do governo.

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"Além da multa, o importante é ressarcir o erário público. O governo não é eleito para fazer proselitismo e comparações com o governo anterior", declarou Alckmin, em conversa com jornalistas ao sair do gabinete do presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissatti (CE). A cartilha exalta obras do governo Lula e faz comparações entre sua administração e o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso.

Anti-corrupção – Alckmin informou que discutiu com o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissatti (CE), um conjunto de propostas de combate à corrupção e à violência que farão parte de seu programa de governo. Para o combate à corrupção, Alckmin anuncia na próxima quarta-feira um pacote de propostas legislativas e administrativas. Ele disse que se trata de medidas relacionados à execução do Orçamento da União e que, entre elas, estão a extinção da Comissão Mista de Orçamento e uma redução drástica do número de emendas de parlamentares que hoje são apresentadas à proposta orçamentária.

Ao falar das propostas de medidas para combater a inflação, o candidato tucano elas terão que ser adotadas pelo governo federal e mencionou três: fiscalização eficaz das fronteiras, combate ao contrabando de armas e combate à lavagem de dinheiro.

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Do gabinete do senador Jereissati, Alckmin foi para o aeroporto de Brasília e embarcou para Palmas, no Estado de Tocantins, onde terá encontros com líderes do PSDB e do PFL locais. Ele tentará superar as divergências entre os dois partidos: o PSDB tem candidato próprio ao governo do Estado, que é o ex-governador Siqueira Campos, e o PFL apóia a reeleição do atual governador, Marcelo Miranda, do PMDB.