O candidato da coligação PSDB-PFL à Presidência da República, Geraldo Alckmin, chamou de "frouxo", "fraco" e "omisso" o seu principal adversário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista concedida hoje ao desembarcar em Uberlândia (MG), segundo maior colégio eleitoral do Estado. Ao comentar sobre a ausência de Lula no debate da última quinta-feira (28), com os candidatos, na TV Globo, Alckmin afirmou: "aquela cadeira vazia é bem o retrato do Lula. Ele não tem postura democrática, é omisso, é fraco e frouxo. Não assume responsabilidade", disse.

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Ao lado de Alckmin, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, que está com 74% das intenções de voto na última pesquisa, também foi duro ao se referir ao atual governo. "É muito importante encerrar esse ciclo de desgoverno do PT. Todos nós brasileiros estamos cansados dessa terceirização de responsabilidades, que está se tornando uma prática do PT. Uma postura sempre omissa do governo federal, em relação a inúmeras denúncias que se acumulam", disse Aécio.

Geraldo Alckmin afirmou também que foi por "medo" que o presidente Lula faltou, ontem à noite, ao debate entre presidenciáveis promovido pela TV Globo. Alckmin disse que o presidente perdeu uma oportunidade de prestar contas ao País. "Ele mostrou que tem medo, mandou um recado para o eleitor de que não está interessado na opinião das pessoas, que não tem que prestar contas a ninguém, mas, no domingo, o eleitor vai mandar um recado para ele: vai mudar de presidente da República. Vamos para o segundo turno e vamos ganhar a eleição", declarou.

Alckmin acusou o governo de protagonizar "uma história policial" e "um enredo sem fim" ao não esclarecer imediatamente quem são os responsáveis pela compra de um dossiê contra candidatos do PSDB. "O Brasil não pode continuar mais nesse estado de descalabro do ponto de vista ético. É um problema. Não tem governo. É uma história policial, um enredo sem fim", afirmou.

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O candidato negou a veracidade aos rumores de que, se eleito, privatizará o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Ele disse que, na verdade, pretende promover parceria com a iniciativa privada para aprimorar as duas instituições. "Tem muito boato falso, de que vamos privatizar. Nós vamos é fazer uma parceria com a iniciativa privada para ampliar a infra-estrutura do BB e da Caixa", declarou.

Ele voltou a acusar o governo de estar "se utilizando" dessas duas "instituições tradicionais" para retardar a divulgação de informações sobre o dinheiro apreendidos com petistas no episódio da montagem de um dossiê contra candidatos do PSDB.

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Alckmin, que participa de uma carreata na cidade mineira, prometeu não aparelhar o Estado. "O resultado da visão atrasada de aparelhamento é a ineficiência e, depois, a corrupção. O governo Lula não funciona e acaba tendo desvio de dinheiro", acusou.