Enquanto o candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, atacou hoje durante seu programa no horário eleitoral gratuito a administração de seu adversário, o presidente e candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva (PT), este mostrou as realizações de seu governo nas áreas de infra-estrutura. Alckmin criticou a ausência de um "ambiente favorável ao investimento" logo após o programa de Lula, no qual foram exaltadas as obras de sua administração e o "novo modelo de desenvolvimento".
Lula afirmou que conseguiu mudar a vida dos brasileiros "porque mudamos a economia, mudamos a política social e implantamos um novo modelo de desenvolvimento. Transformamos a economia e tiramos o País da crise, garantindo a estabilidade". Ele ressaltou realizações de seu governo, como a auto-suficiência em petróleo, os recordes na balança comercial, a inflação e as taxas de juros mais baixas, a diminuição da desigualdade social, e a geração de 6 milhões de empregos. E afirmou que o País está "pronto para crescer em ritmo acelerado nos próximos quatro anos".
"Nós lançamos grandes projetos, que estão gerando emprego e diminuindo as desigualdades regionais", afirmou Lula, e citou a valorização de diversos setores de infra-estrutura durante seu governo: industrial naval, os portos, o transporte ferroviário, a melhoria de estradas e a garantia de energia, "afastando o risco do apagão", uma crítica indireta ao governo anterior do PSDB.
Alckmin, por sua vez, começou seu programa com o depoimento de um homem na feira afirmando que Lula "não fez nada para o País em benefício do povo". Alckmin atacou seu adversário justamente nos pontos que Lula defendeu em seu programa: os resultados econômicos e os investimentos em desenvolvimento. O tucano comparou a taxa de crescimento do PIB brasileiro com a de outros países latino-americanos para depois atacar a administração de Lula: "o governo não cria aqui dentro um ambiente favorável ao investimento: não investe em estradas, impostos, não dá apoio à agricultura, não faz obras para gerar empregos, aumenta impostos". Ele ainda criticou a operação tapa-buraco do governo federal, "que foi na base do improviso, sem licitação e não adiantou nada".
Alckmin mostrou novamente as obras que realizou quando foi governador do Estado, como obras em infra-estrutura e a diminuição de impostos, para depois afirmar que "o que fiz por São Paulo, vou fazer pelo Brasil". Ele defendeu a implantação de um "projeto nacional de desenvolvimento", e prometeu medidas como a diminuição de impostos, a geração de empregos, o apoio às micro e pequenas empresas, além de investimentos nas áreas de estradas e ferrovias, saneamento básico e casas populares.
Lula também ressaltou a necessidade de aumentar os investimentos públicos e privados no País, e defendeu a melhoria dos gastos públicos, ponto constantemente apontado por Alckmin. "Já provamos que sabemos fazer, e já fizemos o mais difícil. Agora, é só não perder o rumo", disse Lula, para em seguida apresentar cenas em comícios, com diversas bandeiras do PT.
Em seu curto programa, Heloísa Helena defendeu a reforma agrária e o aumento de investimentos em moradia, educação, saúde, além da geração de empregos.