O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, afirmou neste sábado (16) que o PT vive no submundo do crime e da chantagem e insinuou que a direção petista está envolvida na operação de compra de um dossiê contra os tucanos por R$ 1,7 milhão junto ao empresário Luiz Antônio Vedoin, apontado como chefe da máfia dos sanguessugas.
?Você acha que alguém fez isso por livre e espontânea vontade, porque deu na cabeça? Quem arrumou R$ 1,75 milhão? Não cai do céu. É uma fábula de dinheiro?, afirmou. ?Cabe à polícia investigar, mas é evidente que não é obra do acaso?, prosseguiu o tucano.
Em campanha em Blumenau (SC), Alckmin insistiu que o envolvimento do PT com crimes não é ocasional. ?É inacreditável. O PT não aprende com a crise. Quando você vai ao submundo do crime, infelizmente tem encontrado alguém do PT. Mais uma vez há gente do PT metida no submundo do crime, da chantagem, da corrupção. A pergunta que se faz é a quem serve isso (dossiê)?, afirmou.
Ainda falando sobre a prisão de Vedoin, que ocorreu na tarde de sexta em Cuiabá, e o caso da máfia dos sanguessugas – tema que dominou sua campanha nesta sábado não apenas em Blumenau, mas também na vizinha cidade catarinense Brusque -, Alckmin não quis desafiar ninguém a apresentar supostas fotos e imagens em que o ex-governador paulista apareceria entregando ambulâncias da Planam, empresa de Vedoin. A Planam é a maior envolvida nas fraudes envolvendo a venda de ambulâncias superfaturadas para municípios com recursos de emendas parlamentares.
?Não vou discutir com criminoso?, afirmou. ?Não sei que imagens são essas. E criminoso, é na cadeia.? Ao lado do presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), do candidato ao governo de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), do senador Leonel Pavan (PMDB) e do candidato da coligação ao Senado, Raimundo Colombo (PFL), Alckmin fez caminhada pelas ruas comerciais de Blumenau logo cedo. E assegurou que todas as mais de 500 ambulâncias que entregou em São Paulo, Estado que governou até o início de abril, foram compradas por meio de pregão eletrônico.
A coordenação da campanha de Alckmin estuda levar para o horário eleitoral da TV as mais novas denúncias envolvendo o PT de Lula. ?É uma por semana. Na semana passada, foi a das cartilhas (denúncia do TCU de que a Secom imprimiu material para o PT divulgar o governo Lula) e agora essa?, anotou.