A ala do PMDB paulistano ligada ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, resiste a entregar o comando da legenda ao deputado federal Gabriel Chalita, que vai se filiar ao partido no próximo dia 4. O grupo, capitaneado pelo presidente licenciado do diretório municipal, Bebetto Haddad, se opõe a uma proposta feita pelos correligionários mais próximos do vice-presidente da República, Michel Temer, para que o diretório paulistano se dissolva.

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Ao convidar Chalita a ingressar no PMDB-SP, Temer prometeu ao deputado a presidência do diretório municipal. No entanto, conforme o estatuto da legenda, um filiado só pode presidir uma instância da sigla se nela estiver há pelo menos seis meses. A única possibilidade de Chalita assumir o comando é a dissolução do diretório permanente e a nomeação de um provisório. Para que isso ocorra, metade mais um dos membros do diretório municipal têm de renunciar.

Segundo Haddad, a mudança de comando só poderia ser feita por uma intervenção do Diretório Nacional. “Isso tem que ser feito via intervenção. O Michel Temer teria que intervir. É complicado. Não fizemos isso com o Paulo Skaf (presidente da Fiesp, recém-filiado ao PMDB) nem com o próprio Kassab quando ele quis entrar no partido”.

Avesso à ideia, Haddad, que se tornou secretário de Esportes de Kassab no começo do mês, quando o prefeito abriu espaço para o PMDB em seu governo, afirma que apoia a candidatura de Chalita à Prefeitura em 2012, mas diz não ver necessidade de entregar o comando do diretório ao deputado. “O Chalita é o nosso candidato a prefeito. Estamos fortes com ele. Agora, não vemos a necessidade nem a possibilidade de entregar o comando do partido para ele porque somos um partido orgânico.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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