Rio, 29 (AE) – A CPI da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj) que investiga irregularidades na Loterj vai propor ao Ministério Público Estadual, dentro de 45 dias, que indicie o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz por corrupção ativa, corrupção passiva, improbidade administrativa, concussão (extorsão praticada por funcionário público) e formação de quadrilha, entre outros possíveis crimes. A Alerj entra em recesso de 30 dias a partir de quinta-feira. Ao retomar suas atividades, a comissão terá ainda 15 dias para concluir seu relatório.
O escândalo envolvendo o ex-assessor do ministro José Dirceu estourou no início do ano, quando foi divulgado um vídeo gravado em 2002, quando Waldomiro era presidente da Loterj. Nas imagens, ele aparece reunido com o empresário do ramo dos jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, a quem supostamente estaria pedindo propina. Em depoimento à CPI, em abril, Waldomiro afirmou ter sido vítima de chantagem de Cachoeira, que gravou o vídeo.
A denúncia do Ministério Público Federal referente a irregularidades supostamente cometidas pelo ex-assessor da Casa Civil na renovação de contrato de R$ 650 milhões entre a Caixa Econômica Federal e a multinacional GTech foi rejeitada pela Justiça Federal. Waldomiro era acusado de corrupção ativa, concussão e gestão fraudulenta de instituição financeira.
A CPI da Alerj ainda aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pedido de quebra do sigilo bancário de Waldomiro, encaminhado na quinta-feira.
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