Terminou na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a reunião com autoridades aeronáuticas e as companhias aéreas, para discutir um eventual remanejamento de horários dos vôos. Segundo o diretor-presidente da agência, Milton Zuanazzi, esses ajustes começaram a ser discutidos com as empresas regulares, mas só serão definitivos depois que as empresas analisarem suas possibilidades de mudança. "Uma malha aérea é algo complexo e para se adequar horários às capacidades ociosas dos aeroportos é preciso ajustar os negócios (das empresas)", afirmou Zuanazzi.
Outra ação definida na reunião de hoje, segundo Zuanazzi, é que a partir desta tarde o governo e as companhias vão "melhorar a forma de informar os usuários" sobre eventuais atrasos. Ele reconheceu que desde o início da crise nos aeroportos "está havendo um desencontro de informações", o que tem prejudicado a comunicação com os passageiros. Ele explicou que o objetivo é centralizar melhor as informações no gabinete de crise instaurado no Rio de Janeiro, para que a mesma informação seja passada para a Infraero, os balcões de check-in das empresas e até mesmo os pilotos dos aviões.
O representante do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas, Paulo Castelo Branco, que participou da reunião disse que as companhias não pretendem reduzir o número de vôos, mas estão abertas a fazer "o possível" para readequar horários. "Sempre existe possibilidade de melhorar. Mas temos que deixar claro que em determinados horários, que acabam sendo de pico, existe uma demanda muito forte dos usuários, que não podem ser simplesmente encerrados", afirmou Castelo Branco.
A diretoria da Anac, segundo Zuanazzi, pretende se reunir na próxima terça-feira com empresas aéreas para tratar especificamente dos vôos fretados. "Se há um processo de ajuste (de horários) temos que incluir o fretamento nessas discussões", afirmou. Ele acrescentou que a agência não pretende acabar com os vôos charter, mas definir horários em que haja menos ocupação nos aeroportos para suas operações.
