A européia Airbus confirmou nesta quarta-feira (17) ter perdido para a rival norte-americana Boeing, no ano passado, a disputa por venda de aviões pela primeira vez desde 2000. A fabricante de aviões européia registrou um total de encomendas (incluindo opções) de 824 aviões comerciais e de carga em 2006, no valor de US$ 75,1 bilhões, comparado aos US$ 95,9 bilhões obtidos em 2005. O grupo recebeu ordens líquidas (depois de cancelamentos) para 790 aviões e estima receita próxima de 26 bilhões de euros (US$ 33,6 bilhões) em 2006, ante 22,3 bilhões de euros de 2005.

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O executivo-chefe da Airbus, Louis Gallois, afirmou, durante entrevista à imprensa, que a companhia deve entregar de 440 a 450 aviões durante 2007. Segundo Gallois, embora a Airbus tenha perdido mercado para a Boeing no ano passado, o setor da aviação comercial como um todo registrou um de seus melhores anos.

No ano passado, o total de encomendas da Airbus (incluindo opções) representou 40% do valor total de transações no setor de aviação comercial. No caso das ordens líquidas, a Airbus ficou com participação de mercado de 44% e a concorrente Boeing, com 56%.

A notícia de que a Airbus perdeu mercado foi ofuscada pelo alerta de lucro divulgado hoje de manhã pela controladora do grupo, a European Aeronautic Defence & Space (EADS). A expectativa de prejuízo é atribuída aos problemas técnicos crônicos com o projeto do superjumbo A380.

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A EADS revelou que continua trabalhando nos registros financeiros de 2006, mas a Airbus muito provavelmente irá registrar prejuízo antes do pagamento de juros e impostos (Ebit, na sigla em inglês) no conjunto do ano. "Temos de considerar despesas únicas referentes a acordos com clientes, depreciação de ativos", afirmou a EADS. "Além disso, despesas adicionais geradas pelo A380 não consideradas originalmente podem surgir".

Gallois observou que 2006 foi o melhor ano da história da Airbus em entregas e o segundo melhor em encomendas. De acordo com o executivo, a companhia tem uma reserva de pedidos em carteira de 2.533 aviões que ainda serão entregues. O número representa acréscimo de 17% na comparação com 2005. As informações são da Dow Jones.

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