Ainda há muito a fazer pelo país que queremos, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (24), em discurso na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que "há muito, muito ainda a fazer para construir o País que queremos". Segundo ele, o mais importante é que a construção deste Brasil seja feita com base em um crescimento sustentado e duradouro.

"Conseguimos estabelecer essas conquistas. O Brasil pode se tornar, a médio prazo, uma potencia de crescimento econômico", afirmou o presidente a uma platéia de empresários e oito ministros de Estado. Segundo ele, o Brasil pode ser uma Nação moderna, em que "o desenvolvimento econômico e social sejam parte de uma mesma moeda".

Segundo o presidente, o Brasil vive, há 35 meses, o maior ciclo de crescimento continuado do emprego e dos salários. "Muitos brasileiros deixaram a linha da pobreza para trás", afirmou, observando que seu governo construiu as bases para que o crescimento seja firme e duradouro.

Ele lembrou que foram publicadas notas na imprensa segundo as quais, em seu governo, os maiores lucros foram os dos bancos. Mas ele citou um outro estudo, também publicado na imprensa, segundo o qual a indústria teve lucro superior ao do setor financeiro.

Ele disse que, ao lado do crescimento da indústria, houve também benefícios para os trabalhadores, com aumento da formalidade, empregos mais estáveis, salários melhores e negociações salariais que resultaram em ganhos para o trabalhador.

O presidente afirmou também que o Brasil mudou para melhor em seu governo. "O Brasil mudou, e mudou muito para melhor", afirmou. "O País está melhor porque o sistema financeiro está sólido e a indústria melhorou seus lucros".

Segundo ele, no entanto, ainda há um longo caminho a percorrer, mas esse percurso será mais fácil "se nós não olharmos apenas para dentro de nós".

Lula constatou que o Brasil é corporativista por tradição e que é necessário "ter a cabeça desobstruída" desse corporativismo. Disse que cada um dos eleitores deveria colocar debaixo do travesseiro o nome da pessoa na qual votou e cobrar sistematicamente coerência, "para que a gente possa acertar".

Em seguida, ele fez uma defesa do sistema democrático. "Prefiro a democracia com os problemas que ela tem, do que viver sem democracia (sic)", afirmou. Segundo ele, o pressuposto da democracia é ouvir o Congresso e a sociedade, os prós e os contras e construir um consenso.

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