O apetite global por petróleo está se recuperando este ano e deve aumentar ao longo de 2018, segundo avaliação da Agência Internacional de Energia (AIE).

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Em relatório mensal publicado nesta quinta-feira, a AIE afirmou prever agora que a demanda mundial crescerá 1,5% em 2017, a 98 milhões de barris por dia (bpd), graças em parte ao crescimento do consumo na Alemanha e nos EUA durante o segundo trimestre.

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A nova estimativa é 100 mil bpd maior que a anterior e, para o próximo ano, a AIE prevê ritmo similar de expansão da demanda.

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A perspectiva de demanda mais robusta vem num momento em que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) – cartel formado por 14 países responsáveis por cerca de 40% da produção global – luta para conter um excesso de oferta que tem pesado nos mercados da commodity. Os grandes volumes de petróleo estocados mantiveram os preços entre US$ 45 e US$ 55 por barril na maior parte do último ano.

De acordo com a AIE, a oferta global de petróleo cresceu 720 mil bpd em junho, a 97,46 milhões de bpd, impulsionada por avanços na produção da Opep e de países que não integram o grupo, como EUA.

Apenas a produção da Opep atingiu o maior nível do ano no mês passado, totalizando 32,6 milhões de bpd. O resultado, atribuído à Líbia, Nigéria e Arábia Saudita, dificulta os esforços do cartel de limitar a produção.

No fim do ano passado, a Opep e mais dez grandes produtores de fora do grupo, incluindo a Rússia, fecharam um acordo para reduzir a produção em cerca de 1,8 milhão de bpd ao longo do primeiro semestre. Em maio, o acordo foi renovado até março de 2018.

“A cada mês parece surgir algo que gera dúvida sobre o ritmo do processo de reequilíbrio”, destaca o relatório da AIE. Os “dois obstáculos” recentes são a recuperação da produção da Líbia e Nigéria, dois membros da Opep que foram isentos do acordo de restrição da produção, e a menor taxa de cumprimento do pacto por outros integrantes do cartel.

Ainda segundo a AIE, os estoques da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) recuaram em maio, a 3 bilhões de barris, mas permaneceram 266 milhões de barris acima da meta da Opep, de atingir a média dos últimos cinco anos. Fonte: Dow Jones Newswires.