A recente denúncia feita pelo governador Roberto Requião sobre a existência de fissuras ou trincas na barragem da Usina Hidrelétrica de Salto Caxias, construída pelo governo anterior, agitou o ambiente técnico e político nos últimos dias.

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Obras desse porte, nas quais são investidos milhões de reais e, sobretudo, a responsabilidade técnica da engenharia especializada na construção de barragens, setor bastante avançado em nosso País, jamais são liberadas para entrar em operação sem rigorosa pletora de exigências de segurança e precisão.

Posto que algumas vozes tenham se levantado da parte do setor técnico para atenuar o impacto da denúncia feita por Requião, e outras para criticar a irresponsabilidade do grupo que governou nos oito anos anteriores ao mandato atual, o governo tem à mão instrumentos capazes de dirimir a questão.

Os paranaenses têm razões suficientes para ficar ressabiados quanto à qualidade das obras públicas aqui edificadas, tendo em vista o episódio do desabamento parcial da ponte sobre a represa do Capivari, problema ainda não resolvido.

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A Companhia Paranaense de Energia (Copel), uma das empresas nacionais mais respeitadas na área de geração e distribuição de eletricidade, consolidou seu conceito superior graças ao histórico de construção e manutenção de usinas hidrelétricas. É urgente sua manifestação em torno do assunto, já que não se trata de prosaica rachadura na parede de um apartamento de quarenta metros.

Cabe ao governo e sua maior empresa transmitir à população uma palavra segura e definitiva sobre o pequeno vazamento que já é visto pelos céticos como devastador tsunami.

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