AGU deveria ajuizar ações de empreiteiras, diz presidente da OAB

Lembrando que não há notícias de recuperação de verbas públicas, o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto, disse nesta quinta-feira (24) em Campo Grande, que a AGU (Advocacia Geral da União), deveria ajuizar ações de todas as empreiteiras com relações promíscuas com os governantes.

Durante palestra que fez na Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Britto ressaltou que é necessário uma grande força-tarefa para combater a corrupção, mas recomendou cuidado quanto às operações realizadas pela Polícia Federal. "Devemos acabar com a idéia de que só pobre pode ser investigado penalmente".

Ele afirmou que apóia as operações, mas dentro da legalidade, lamentando a utilização de "grampos" em telefones. Citou como exemplo o método utilizado na Operação Furacão, dizendo ser o mesmo que instalá-los nos confessionários e nas redações de jornais. "Os grampos telefônicos ferem a liberdade de expressão".

Em seguida, Britto criticou as últimas operações da Polícia Federal, esclarecendo que as prisões sem amparo legal causam frustração na sociedade. "Somos contra a sensação de polícia boa e Judiciário ruim. As prisões foram determinadas e revogadas pelo próprio Poder Judiciário".

Para Britto, o combate a violência e o crime organizado deve ser repensado. "A violência não se combate com penas maiores e prendendo gente. O sistema prisional brasileiro é uma grande escola do crime".

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