Preocupada com o funcionamento ilegal dos bingos no País, a Advocacia-Geral da União (AGU), por meio da Procuradoria-Geral da União (PGU) e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), afirmou que desde 2003, quando o jogo foi proibido no Brasil, mais de 775 ações judiciais foram movidas para impedir o funcionamento de cerca de 1550 casas de bingo.
Nesta terça-feira (24), o procurador-geral da União, Luiz Henrique Martins dos Anjos, lamentou os últimos episódios que constataram a participação de juízes em atos criminosos da máfia de jogos de azar. Ele, porém, disse não estar surpreso com o envolvimento de representantes de instituições como o Judiciário. "As instituições estão funcionando e são permeáveis. Não é surpresa" afirmou Martins dos Anjos. "São questões pontuais. Não é generalizado", prosseguiu.
O procurador-geral da União fez ainda um apelo para que a população não busque divertimento em casas de bingo, cujo funcionamento é ilegal. "A atuação (para evitar o funcionamento das casas de bingo) requer força conjunta da sociedade", disse. "Estamos fazendo um alerta pois trata-se de uma atividade ilícita e a recomendação é que a sociedade busque divertimento em outras atividades que gerem renda para a própria sociedade", afirmou.
A AGU também reforçou ontem que denúncias de crimes cometidos contra a União podem ser feitas pelo site da instituição www.agu.gov.br. Em breve, a AGU promete também disponibilizar um telefone para denúncias.
