Os paranaenses estão comendo cada vez mais alimentos com agrotóxico. Está é a conclusão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Ministério da Saúde, que por meio do programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para), analisou 407 amostras de hortaliças e frutas oriundas da produção agrícola do estado do Paraná e revelou que 225 apresentavam resíduos tóxicos não autorizados para a cultura, incluindo agrotóxicos que deveriam ser proibidos no Brasil, como o dicofol e o endossulfan, que são prejudiciais para o organismo humano.

A pesquisa que teve como objetivo orientar a cadeia de produção e conscientizá-la quanto às suas responsabilidades em relação à segurança alimentar da população em geral. Destacou os diferentes tipos de agrotóxicos encontrados nas 225 amostras, que somaram vinte um.Destas 11 foram detectados na cultura do morango, o que significa 52,4% dos agrotóxicos detectados no programa. Já a produção de maçã assumiu o segundo lugar em termos de diversidade de agrotóxicos utilizados, totalizando seis tipos, e em terceiro está o mamão, com cinco.

Segundo Alfredo Benatto, sanitarista da Vigilância Sanitária da divisão de alimentos, os números assustam, principalmente porque alguns tipos de pesticidas têm efeito cumulativo no organismo das pessoas e ainda não existe um estudo específico sobre o efeito destas toxinas no organismo humano. Entretanto a certeza de que o excesso de agrotóxico no corpo é prejudicial a saúde não há dúvidas. (Leia mais na edição de quarta-feira de O Estado do Paraná)

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