Brasília ? Cerca de 1,5 mil trabalhadores, participantes do 12º Grito da Terra, participaram hoje (16) de manifestações em frente ao Congresso e aos ministérios da Agricultura e da Justiça. Eles vieram em 40 ônibus de 20 estados brasileiros pedir ao governo garantias de preço mínimo para os produtos da agricultura familiar, a renegociação das dívidas dos produtores, R$ 11 bilhões para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o cumprimento das metas da reforma agrária.

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No Ministério da Agricultura, os trabalhadores rurais fizeram um teatro de fantoches. A idéia era representar o pedido de revisão do índice de produtividade das terras. Segundo a Contag, o índice não é revisado há mais de 30 anos e serve para avaliar se uma fazendo pode ser desapropriada para a reforma agrária.

Em frente ao Ministério da Justiça, manifestantes ascenderam velas para lembrar a morte de trabalhadores em conflitos no campo. Em 2005, segundo relatório da Comissão Pastoral da Terra, 38 trabalhadores foram assassinados e foram registradas mais de 770 ocorrências de conflito.

Amanhã, os participantes do Grito da Terra querem conversar com deputados e senadores sobre um projeto de lei que regulamenta a Previdência. Estão previstas também manifestações em frente ao Ministério da Educação. Trabalhadores pedem que projetos educacionais voltados para a realidade rural sejam ampliados.

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O movimento foi organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), que representa 25 milhões de agricultores familiares. Esse é o principal evento da agenda do movimento sindical do campo, que reúne trabalhadores e trabalhadoras rurais de todo o país em Brasília. O 12º Grito da Terra termina quinta-feira (18).