Brasília ? As federações de agricultura de todo o país pretendem reunir, no dia 16, representantes para uma manifestação nacional em Brasília. Eles querem ir ao Congresso Nacional para se encontrar com deputados e senadores com o objetivo de mobilizar o governo para a crise enfrentada pelos produtores rurais.

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Ontem (2), durante reunião realizada em Goiânia, foram elaboradas as propostas a serem levadas ao Congresso Nacional. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Macel Caixeta, destaca entre elas a necessidade de prorrogação do pagamento de dívidas dos produtores por 20 anos com três anos de carência. Também a vigência de seguro agrícola aprovado pelo Congresso Nacional que ainda não foi disponibilizado aos produtores rurais e a garantia de preço mínimo para a comercialização dos produtos agropecuários.

Os juros são outro item da proposta que busca crédito rural a juros equalizados de 8,75% ao ano. "Não adianta juros de mercado para a agricultura brasileira. Estamos orientando os produtores rurais a não pegarem esses recursos a juros diferenciados", afirma Macel Caixeta. As propostas precisam ainda ser aprovadas pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) para que sejam encaminhadas ao governo.

Nota da Faeg afirma que "se as negociações destas propostas não prosperarem em tempo hábil para plantar a próxima safra e, a permanecer a condição de prejuízos e perda de renda, poderá haver forte redução na área plantada".

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Nos estados, sindicatos de produtores rurais realizam movimentos de protesto. No Mato Grosso do Sul, desde a semana passada, foram fechados armazéns de grãos e agricultores de São Gabriel do Oeste interditaram a BR-163 impedindo o escoamento da safra. Os produtores voltam a Brasília depois do movimento denominado tratoraço que reuniu cerca de 25 mil agricultores e dois mil tratores na esplanada dos ministérios no final de junho do ano passado.