O protesto de agricultores foi intensificado hoje no Rio Grande do Sul, com interdição de estradas e de agências bancárias. Em Ibiraiaras, na Região dos Campos de Cima da Serra, distante 249 km de Porto Alegre, o trânsito na BR-285 foi parcialmente liberado, mas a BR-116 tem três pontos interrompidos, em Tapes, na Região Centro-Sul, 103 km da Capital e em Pelotas, na Região Sul, 252 km de Porto Alegre, no trevo de acesso à cidade e também em frente aos pavilhões da Fenadoce.

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Depois, o alvo principal dos agricultores gaúchos passou a ser agências bancárias situadas em várias cidades da Região Noroeste como Giruá, Santo Ângelo, Guarani das Missões e Entre-Ijuís. Banco do Brasil, Banrisul e Caixa Econômica Federal (CEF) foram os bancos mais visados pelos produtores, que estacionaram tratores e máquinas agrícolas, impedindo a entrada de correntistas.

Em municípios da Fronteira Oeste, como São Gabriel, Dom Pedrito e Rosário do Sul, e da Região Central, como Cacequi, Restinga Seca e Santa Maria, a movimentação dos arrozeiros foi apenas de vigília ao Banco do Brasil, entidade que concentra a maioria dos empréstimos aos agricultores gaúchos.

Em visita ao Estado, o pré-candidato do PSDB à presidência, Geraldo Alckmin, traçou um quadro desastroso para o agronegócio brasileiro. Alckmin classificou a situação econômica como "gravíssima". "Não existe uma política agrícola, nem cambial, os juros e o custo de produção estão altíssimos e não há preço mínimo", enumerou ele. "A insegurança no campo é grande.

Pelo Brasil

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Centenas de agricultores e produtores rurais do Vale do São Francisco, no norte da Bahia, bloquearam por duas horas na manhã de hoje a Ponte Presidente Dutra na rodovia BR-407, que liga as cidades de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE).

No interior de São Paulo, interditaram as rodovias BR-153 e a Assis Chateaubriand (SP-425), na altura de José Bonifácio, na região noroeste do Estado. O protesto teve início por volta das 12h30 e durou cerca de 20 minutos, quando então os produtores retiraram cerca de 100 máquinas que obstruíam a passagem na pista.

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Pelo menos 500 produtores rurais do norte do Paraná, segundo os organizadores, ocuparam hoje o calçadão de Londrina, fechando a entrada da superintendência regional e da maior agência do Banco do Brasil da cidade. Os agricultores de 12 cidades da região reuniram-se na entrada de Londrina e seguiram em comboio de tratores e maquinários agrícolas em direção ao centro, onde fica o calçadão.