Maceió – O agricultor César Aparecido da Silva, de 30 anos, preso no último dia 10 por porte ilegal de arma e suspeita de envolvimento com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), foi libertado hoje.
Ele teve a prisão preventiva decretada no último dia 10 pelo juiz Aírton Luna Tenório, de Maragogi (a 144 km de Maceió), para que fosse investigado pela Polícia Federal o suposto envolvimento dele com guerrilheiros colombianos. No mesmo dia, Silva foi transferido para a Superintendência da PF, em Maceió.
Hoje, o desembargador Orlando Manso, do Tribunal de Justiça de Alagoas, acatou o pedido de habeas corpus apresentado pelo advogado de Silva, Daniel Nunes, e estipulou fiança de R$ 400 para a libertação do agricultor.
Silva irá responder processo por porte ilegal de armas em liberdade. A PF não abriu inquérito contra o agricultor por envolvimento com a guerrilha, segundo Nunes.
No dia 7 passado, a Polícia Civil encontrou na casa de Silva, no assentamento Samba, do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), em Maragogi, uma espingarda e quadros com fotos de guerrilheiros das Farc.
Ele foi detido, mas liberado no mesmo dia. A prisão preventiva foi decretada quatro dias depois, após o juiz ter acesso ao inquérito.
O advogado do agricultor disse que Silva negou envolvimento com as Farc e disse que as fotos foram compradas em uma feira, durante um encontro de movimentos sociais, em Maceió.
O coordenador estadual do MST José Roberto da Silva disse que a prisão de Silva foi perseguição política ao movimento.