Agressor em escola nos EUA molestou suas vítimas

O homem armado que fez seis meninas reféns em uma sala de aula de uma escola secundária nos Estados Unidos, matando uma delas e suicidando-se em seguida, abusou sexualmente de algumas de suas vítimas, disse hoje Fred Wegener, xerife do condado de Park, no Estado americano do Colorado. "Ele traumatizou e abusou de algumas de nossas crianças", disse nesta quinta-feira (28) Wegener. "Tenho a dizer apenas que o ataque teve natureza sexual", prosseguiu ele sem fornecer mais detalhes sobre essa parte da investigação.

O xerife também aproveitou o contato com jornalistas para identificar o suspeito como Duane R. Morrison, de 53 anos, morador da região de Denver. Segundo Wegener, os investigadores do caso ainda não estabeleceram nenhuma conexão prévia entre o agressor e suas vítimas. De acordo com as investigações iniciais Morrison deixou quatro das seis meninas saírem da sala de aula pouco antes de a polícia invadir a escola secundária Platte Canyon, em Bailey, no Colorado.

No desfecho, quando a sala de aula onde duas meninas ainda eram mantidas reféns foi invadida pela polícia, o agressor matou uma delas e suicidou-se em seguida. A outra garota escapou. A vítima do agressor foi identificada como Emily Keyes, de 16 anos. Ela morreu em um hospital de Denver pouco depois de ser socorrida. Não se sabe se Emily conhecia o agressor. Wegener disse que Morrison não fez nenhuma exigência além de: "Deixem-me em paz. Saiam daqui".

Questionado sobre a decisão de invadir a sala, Wegener justificou: "Como xerife de uma comunidade pequena, conhecendo todos os pais, todas as crianças – minha filha se formou lá no ano passado e meu filho ainda estuda ali -, é muito difícil. Eu gostaria que quem quer que estivesse no meu lugar tomasse a mesma decisão para salvar vidas".

Morrison deu início ao ataque ordenando aos estudantes que se enfileirassem na frente da lousa e dizendo que levava explosivos em uma mochila. Com a arma, ele apontava quem podia sair e quem teria que ficar, relatou mais cedo um aluno da turma atacada. Cassidy Grigg, de 16 anos, contou que o homem entrou na sala e disparou um tiro para o chão. Primeiro ele liberou todos os garotos e ordenou às meninas que permanecessem na sala. "Pode-se dizer que ele queria as meninas", comentou Cassidy em entrevista concedida à emissora de televisão NBC.

Ainda segundo ele, ninguém conhecia o agressor, que parecia estar vestido como um aluno. Hoje, a escola secundária de Bailey no Estado americano do Colorado, estava fechada por causa do ataque de ontem e assim permanecerá pelo resto da semana. "Nós somos uma comunidade em luto", disse Jim Walpole, superintendente das escolas da região. "Nossos pensamentos estão com os alunos, com os funcionários e seus familiares, especialmente com a família da aluna morta.

Bailey situa-se a apenas algumas dezenas de quilômetros de Littleton, onde fica Columbine, a escola secundária onde dois estudantes executaram 13 colegas e professores antes de se suicidarem em abril de 1999.

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