O jornal Washington Post revelou esta semana que a eleição de Evo Morales para a presidência da Bolívia teve um lado positivo, apesar da declaração do próprio ex-plantador de coca, de tornar-se um pesadelo para o presidente George W. Bush.

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Para o jornal, a eleição de Morales teve maciça participação dos eleitores e sua vitória foi incontestável. Aliás, o mundo rende-se ao descendente da nação indígena aymara, cuja presença no altiplano e nas regiões de selva da Bolívia é anterior à chegada dos primeiros conquistadores espanhóis.

A agenda do presidente recém-eleito, que deverá tomar posse no próximo dia 22 de janeiro, marca uma série de viagens internacionais a Cuba, Brasil, Espanha, Holanda, África do Sul e China, entre os dias 3 e 13.

O primeiro chefe de Estado a ser visitado pelo novo presidente boliviano é Fidel Castro, em encontro que ocorre amanhã, em Havana. Não haverá, contudo, espaço para amenidades, pois no primeiro dia do ano Evo já estará de volta à Bolívia para visitar o povoado onde nasceu, Orinoca, a fim de comemorar a vitória ao lado dos amigos e parentes.

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Fiel às suas tradições culturais, antes da posse o presidente Evo Morales deverá fazer uma peregrinação ao santuário pré-colombiano de Tiwanaku, a 71 quilômetros de La Paz, onde receberá em cerimônia simbólica o ?comando? das divindades originárias dos Andes.

Pela primeira vez na história da Bolívia um indígena é eleito presidente da República, abrindo nova perspectiva para a maioria da população, não por acaso descendente das etnias tribais e, historicamente, à margem dos avanços sociais.

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