O anúncio de estatização de empresas feito pelo presidente Hugo Chávez fez desabar ontem a Bolsa de Caracas e levou à suspensão por 48 horas da venda de ações da CANTV e da Eletricidad de Caracas, após queda de 30% e 20,4%, respectivamente. Segundo o presidente da bolsa, Nelson Ortiz, com a suspensão os investidores podem obter mais informações sobre o futuro das companhias e, além disso, as regras locais determinam que o sistema não permita variações de preços 20% acima do fechamento anterior. Apesar do aumento dos riscos políticos do país, as agências de classificação de risco mantiveram os ratings da Venezuela: B2 pela Moody?s e BB- (dois graus acima) pela Fitch e Standard & Poor?s.

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Para o analista Steven Hess, da Moody?s, ?se as estatizações ocorrerem de fato, provavelmente não afetarão o rating?. Para Morgan Harting, da Fitch, ?a variável mais importante para entender as perspectivas da Venezuela na área fiscal é o preço do petróleo?. O analista Richard Francis, da S&P, observou que a Venezuela tem reservas líquidas da ordem de US$ 45 bilhões – quase 30% do PIB -, enquanto a dívida externa total está em torno de US$ 27 bilhões.

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