Agência rebaixa nota de bancos britânicos e portugueses

A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a nota de 12 instituições financeiras britânicas e de seis bancos portugueses. No caso britânico, a agência justificou a medida apontando a redução da probabilidade de um apoio governamental aos bancos em dificuldades. Em relação aos bancos portugueses, a agência citou a deterioração da qualidade dos ativos, o risco ampliado de suas aplicações na dívida soberana portuguesa e as restrições de financiamento.

No Reino Unido, a Moody’s cortou em duas notas o rating do Royal Bank of Scotland (RBS) e do Nationwide Building Society, de Aa3 para A2. O Lloyds TSB Bank e a unidade local do Santander tiveram seu rating cortado em uma nota, de Aa3 para A1. O Co-Operative Bank também foi rebaixado em uma nota, de A2 para A3. Sete sociedades de crédito imobiliário menores foram rebaixadas com com corte de uma a cinco notas.

Os seis bancos portugueses afetados foram: Caixa Geral de Depósitos, Banco Comercial Português (BCP), Banco Espírito Santo (BES), Banco BPI, Banco Santander Totta e Caixa Econômica Montepio Geral. BCP, BES e BPI foram rebaixados em duas notas, respectivamente para B1, Ba3 e Ba2. Os demais foram rebaixados em uma nota. A Moody’s afirmou que a perspectiva dos ratings permanece negativa.

Quanto às instituições financeiras britânicas, a Moody’s disse em um comunicado que sua reavaliação segue a “atual diretriz das autoridades tripartite do Reino Unido (Banco da Inglaterra, Autoridade de Serviços Financeiros e o Tesouro) de que o governo mais provavelmente fará maior uso no futuro de seus instrumentos de decisão para possibilitar o compartilhamento do encargo com os principais detentores de bônus”.

No caso de Portugal, a Moody’s afirmou que os planos de recapitalização e desalavancagem impostos pelo órgão regulador em conjunção com a União Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) devem ajudar a restabelecer a confiança no sistema bancário. “Entretanto, esses planos enfrentam significativos riscos de implementação”, disse a agência. “Por exemplo: os planos de desalavancagem serão ameaçados se as condições de mercado continuarem frágeis e um crescimento material no depósitos no varejo vai depender em parte de uma recuperação no ambiente econômico.” As informações são da Dow Jones.

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