Agência Espacial teme atraso na reforma de Alcântara

O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Sérgio Gaudenzi, orientou técnicos do órgão a agilizar o repasse ao Tribunal de Contas da União (TCU) de informações sobre o processo de licitação para obras de infra-estrutura do Centro Espacial de Lançamento de Alcântara, no Maranhão. O TCU suspendeu ontem a licitação, ainda não aberta oficialmente, alegando indícios de irregularidades. "Estou surpreso com a suspensão", disse Gaudenzi. "Vamos cumprir o embargo, mas lamento que vamos perder tempo.

A AEB teme mais demora na conclusão do projeto de reconstrução do centro de lançamento, que teve a plataforma destruída com a explosão do Veículo Lançador de Satélites em 2003. Morreram no acidente 21 técnicos. Se conseguir autorização do TCU, a AEB pretende abrir em agosto o edital e iniciar as obras até o final deste ano. O prazo de conclusão das obras é de cinco anos. Se o cronograma não atrasar, o Brasil poderá lançar alguns foguetes, em Alcântara, no início de 2008.

O resultado da auditoria do tribunal, que estimou um sobrepreço de R$ 300 milhões no valor das obras, é questionado por Gaudenzi. "Esse sobrepreço numa obra de R$ 678 milhões seria um equívoco brutal, que justificaria inclusive a demissão de todos da agência", disse. Gaudenzi também questionou as suspeitas em relação ao licenciamento ambiental. O presidente da AEB observou que o órgão está trabalhando em parceria com o Instituto Brasileiro de Recursos Renováveis (Ibama). "Mesmo porque só poderemos iniciar as obras se tivermos licenciamento do Ibama", disse.

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