Afinal, o crescimento

As projeções de crescimento do PIB em 2007 estão desenhando largos sorrisos no rosto dos ministros da área econômica. Afinal, pela primeira vez em mais de dez anos, eles podem festejar estimativa tão otimista: o PIB deverá crescer entre 4,5% e 5% no exercício atual.

Os dois principais operadores da política econômica brasileira, que por uma questão de precedência funcional fazem questão de colocar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no topo da escada do sucesso, têm leves divergências.

O ministro Guido Mantega não espera um crescimento magnificente no segundo semestre, preferindo uma visão menos otimista, afirmando que a taxa máxima do PIB será de 4,8%.

Por sua vez, Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, com base no deslanche do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), queda dos juros e desempenho favorável da agropecuária, reforçados pelos excelentes números do setor automotivo, aposta suas fichas no crescimento de até 5%.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, compartilha o entusiasmo oficial e confirma que o crescimento dos níveis de consumo e investimento produtivo são sinais precisos da estabilidade da economia.

Ao que parece, o mais efusivo dos três, Bernardo creditou o avanço à política traçada nos primeiros quatro anos de Lula. Não fez, no entanto, referência ao ciclo de crescimento da economia mundial e a firme demanda por commodities produzidas no Brasil.

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