Os aeroportuários do Rio de Janeiro, que não haviam aderido à greve da categoria iniciada ontem, paralisaram as atividades hoje. Segundo o Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), a mobilização continua em todo o País e a adesão é de aproximadamente 70%. No Rio de Janeiro, 60% dos 1,4 mil dos trabalhadores pararam.
A Infraero nega que a paralisação de 48 horas, até hoje à meia-noite, afete o funcionamento dos aeroportos. A estatal, em reunião com representantes do Sina ontem, se mostrou comprometida com a causa dos aeroportuários.
O presidente da Infraero, Tenente-Brigadeiro da Reserva José Carlos Pereira, teria garantido que mantém contato com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para aprovação do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) e do reajuste reivindicado pelos trabalhadores, de 37,4%. Da sua parte, informou o Sina, o plano já está aprovado.
O diretor Financeiro, Adenauher Figueira Nunes, que também participou da reunião, teria declarado que há R$ 250 milhões disponíveis em caixa, fruto de um programa de gestão financeira e renegociação de contratos já realizados. O valor poderia ser destinado ao pagamento do plano aos trabalhadores, calculado em R$ 113 milhões.
O Sindicato afirmou que "a notícia de que a Infraero concorda com o encaminhamento das reivindicações é positiva, mas não suficiente" e que a greve está mantida pelo menos até a meia-noite de hoje. Serão realizadas assembléias em todo o País para decidir os rumos da greve, tendo em vista a reabertura da mesa de negociações com a Infraero.
