Aeronáutica registra 22 riscos de colisão até julho

Um relatório do Comando da Aeronáutica, ao qual teve acesso o Jornal Nacional, da Rede Globo, mostrou que até julho deste ano ocorreram 22 incidentes graves nos céus brasileiros. A Aeronáutica denomina "incidente grave" ocasiões nas quais aeronaves encontram-se em uma distância inferior a 300 metros uma da outra e na qual podem ocorrer colisões entre os aviões. Em 2005, o número de incidentes graves chegou a 80.

Na noite de 15 de outubro, um destes acidentes poderia ter ocorrido. Dois aviões, um da Gol e outro da TAM, quase colidiram segundo o documento. Duas semanas após o acidente entre o avião da Gol e o jato Legacy, no qual morreram 154 pessoas, um Fokker-100 da TAM e um Boeing da Gol ficaram a pouco mais de 60 metros de distância um do outro. As aeronaves deveriam estar separados por, no mínimo, 300 metros.

O vôo 1805 da Gol, procedente de Porto Alegre, se preparava para pousar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio, enquanto o vôo 3831 da TAM tinha acabado de decolar do Aeroporto Tom Jobim e seguia para Campinas (SP). No momento da quase colisão, a aeronave da Gol, em descida, estava a 16.100 pés, 200 pés (cerca de 60 metros) acima do Fokker da TAM, a 15.900 pés, e em sentido contrário.

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