O Comando da Aeronáutica deslocou técnicos de equipamentos de comunicações para Curitiba a fim de fazerem um amplo levantamento das condições do sistema de radiofreqüência que são usados pelos controladores do tráfego aéreo do Cindacta-2, em Curitiba, para conversar com os pilotos das aeronaves que circulam ou se destinam àquela área. Ontem (12), uma pane de mais de duas horas suspendeu as operações de pousos e decolagem na Região Sul, onde o tráfego aéreo é controlado pelo Cindacta de Curitiba. O problema só foi revertido por volta das 20 horas, o que gerou atrasos a noite toda em diversos aeroportos em todo o País. Os atrasos de ontem ainda refletem neste sábado (13), principalmente em Congonhas e Guarulhos, em São Paulo. Também há atrasos em Brasília e no Rio de Janeiro.
No início da tarde de ontem, ainda não havia nenhum boletim divulgado pela Agência nacional de Aviação Civil (Anac) com o balanço dos atrasos das últimas 24 horas. Mas, de acordo com informações disponíveis nos aeroportos, podiam ser registrados atrasos significativos de mais de duas horas, em alguns vôos, em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba. Em Brasília, pela manhã, houve atrasos para vôos para o Nordeste, mas já estavam sendo regularizados depois das 13 horas. Os maiores atrasos em Brasília era de vôos vindos de Porto Alegre e Rio de Janeiro.
As operações nos aeroportos monitorados pelo Cindacta-2, todos no sul do País, foram suspensas ontem por duas vezes. A primeira às 14 horas, por 25 minutos. A segunda vez, mais grave, as comunicações da central tráfego foram interrompidas com as aeronaves às 18 horas e levaram duas horas para serem restabelecidas. A partir daí, os atrasos foram sucessivos durante toda a noite, o que teve reflexos no Cindacta-1, de Brasília, que controla 80% dos vôos do país.
Em cinco de dezembro, pane semelhante ocorreu no sistema de tráfego aéreo de Brasília, paralisando os vôos no país por mais de duas horas. Esta pane, também no sistema de comunicações, levou horas para ser consertada e precisou de apoio de técnicos da empresa italiana Sitti, fabricante dos equipamentos. O Cindacta-2, que está em processo de modernização, também possui estes equipamentos.
