O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB) criticou nesta segunda-feira (9) a demora do governo federal em atender a pauta de reivindicações dos governadores, acertada durante reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "No último encontro houve alguns entendimentos, o governo federal assumiu o compromisso de avançar em determinados aspectos das propostas que foram apresentadas e a realidade é que, até hoje, não tivemos nenhuma ação concreta do governo federal ou nenhum avanço nas negociações que ali ocorreram", afirmou.

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Segundo Aécio, entre os temas acertados com os Estados que ainda não avançaram está a Medida Provisória do Fundeb, que garante a exclusão da parcela de 20% dos investimentos que serão aplicados pelos governos estaduais do cálculo da dívida dos Estados, como era feito em relação ao Fundef. Também não há, conforme o governador mineiro, nenhuma sinalização em relação a uma nova proposta para a lei Kandir, para compensar os Estados exportadores no que se refere à desoneração das exportações. "Isso não é justo, não é correto e não vem na direção da construção de uma nação grande e mais justa com aqueles que pagam impostos", disse.

Da mesma forma, ele citou o Fundo Nacional de Segurança Pública e do Fundo Penitenciário, para os quais havia uma promessa do presidente Lula de que não haveria o contingenciamento de recursos. Mas, segundo Aécio, o montante referente ao primeiro trimestre ainda não foi liberado. "A palavra empenhada tem que ser cumprida e a confiança restabelecida para que nós possamos, com serenidade, discutir e votar matérias que eu acredito importantes para o país como a do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)".

O governador mineiro disse esperar que o presidente Lula, como o grande fiador dos entendimentos, retome a agenda, ou nomeie um interlocutor para discutir as reivindicações. "Muitos de nós (governadores) têm uma grande disposição em construir uma agenda comum, onde as questões que interessam ao governo federal, como o próprio PAC, serão discutidas sem prejuízo daquelas que interessam à Federação e aos estados, como ocorreu no governo passado. Portanto, é uma sinalização e eu espero que o presidente da República dê uma sinalização quanto a isso", concluiu.

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