O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (19) que os crimes violentos estão em queda em seu Estado. Segundo ele, na comparação de 2006 para 2005, houve queda de 10,3% nesse tipo de delito em todo o Estado. Em Belo Horizonte, o decréscimo foi ainda maior, de 17,5%. Ele informou que os números oficiais serão divulgados amanhã, em Minas Gerais.
Em palestra concedida no início da tarde de hoje para empresários, na capital paulista, o governador mineiro afirmou que os números relacionados à criminalidade devem registrar novas quedas este ano. E disse que isso deve ocorrer em função da integração das forças de segurança entre os estados do Sudeste. Aécio elogiou a cooperação que está ocorrendo entre as administrações de José Serra (governador de São Paulo), Sérgio Cabral (Rio de Janeiro) e Paulo Hartung (Espírito Santo) nessa área.
Aécio anunciou também que nesta quinta-feira viajará para Medellín, Colômbia, juntamente com Sérgio Cabral, para conhecerem o trabalho que vem sendo feito na área da segurança pública naquele local.
Segundo o governador mineiro, a integração das forças policiais e de inteligência dos estados do Sudeste também permitiu a prisão, na semana passada, em Minas Gerais, de membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) que atuavam em São Paulo e estavam foragidos. E disse não saber se essa informação já havia circulado na imprensa. Ao falar da cooperação entre esses estados, Aécio cobrou uma maior solidariedade do governo federal nesse setor.
Durante a palestra, Aécio criticou as baixas taxas de crescimento da economia brasileira. "Nos últimos quatro anos, assistimos à velocidade supersônica do crescimento mundial, enquanto nós caminhamos a passos de cágado", afirmou.
O governador de Minas Gerais falou também de seu avô, o ex-presidente Tancredo Neves, na exposição realizada hoje para os empresários. "Como diria meu avô, está faltando arte na política brasileira de hoje. A política virou algo pueril e superficial e é pouco estimulante na formação de novos talentos" disse.
