No dia seguinte ao da definição do candidato do PSDB a presidente, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse esperar que o PFL se alie desde o início na composição da chapa que concorrerá ao governo federal.
"Eu acredito que o PFL deveria participar logo no início da nossa trajetória, indicando o vice, participando da nossa ação de governo." Na avaliação de Aécio, a participação dos pefelistas configura-se numa "aliança de propósitos", uma vez que os dois partidos são oposição desde o primeiro dia do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar disso, o governador de Minas Gerais afirmou que caberá aos pefelistas a decisão sobre o melhor momento e a discussão interna do projeto. "(O PFL) é um aliado estratégico para nós. Agora (a definição), dependerá do próprio PFL", afirmou.
Aécio negou que, em função da demora da definição do candidato, o PSDB tenha saído dividido e disse estar satisfeito com a escolha do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) para a disputa.
"Talvez, a torcida dos nossos adversários fosse essa (a divisão do partido). Eu posso garantir que eu estou extremamente feliz com essa decisão em torno do governador Alckmin, como estaria com uma decisão em torno do prefeito Serra (José Serra, prefeito da capital paulista), se fosse uma decisão da unidade do partido", analisou.
Conforme o governador de Minas, apesar das críticas, a legenda cumpriu a determinação de definir um nome em março. Para Aécio, não bastaria à sigla, que governou o País durante oito anos, apenas ter um candidato.
"Ele (o candidato) tem de dizer por que acha que a população deve confiar, novamente, um mandato presidencial. Eu acho que nós temos muito o que dizer sobre eficiência administrativa, sobre ética, sobre desenvolvimento, sobre coragem para ousar."
