Recife – O presidente da Agência Espacial Brasileira, Sérgio Gaudenzi, afirmou que os benefícios que o Programa Nacional de Atividades Espaciais pode trazer para o país no campo da ciência, tecnologia e inovação precisam ser assimilados pela opinião pública. E que as ações devem ter orçamento assegurado pelo Congresso Nacional.
O tema começou a ser debatido hoje (22) no seminário Brasil conquistando o espaço, que o Ministério da Ciência e Tecnologia pretende realizar em mais quatro capitais, juntamente com uma exposição sobre a viagem do primeiro astronauta brasileiro, o tenente-coronel Marcos Pontes, à Estação Espacial Internacional.
Gaudenzi lembrou que o Brasil é um dos 16 países parceiros na montagem da Estação, um laboratório orbital composto por módulos de observação a 400 quilômetros da Terra. Lá são feitas experiências em áreas como biotecnologia, medicina, produção de medicamentos e outros materiais. Ele afirmou que a população precisa entender que a tecnologia espacial gera desenvolvimento científico, econômico e social: "A divulgação tem o objetivo de dar visibilidade ao programa e mostrar ao povo, numa linguagem acessível, para que serve um satélite, por exemplo".
O coordenador de gestão tecnológica do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), Marco Antônio Chamon, informou que nos últimos anos o Brasil lançou quatro satélites ? dois nacionais e dois em parceria com China. Equipados com câmeras e sensores, explicou, os satélites geram imagens de áreas agrícolas, revelam a poluição e o desmatamento florestal, e possibilitam a previsão climática, além do planejamento ambiental e urbano.
Na exposição, os visitantes poderão conhecer réplicas de quatro foguetes e dois satélites. E ver fotos do astronauta Marcos Pontes, além de uma réplica da roupa usada por ele na viagem ao espaço.
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