Brasília – O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) que integra a CPI do Trafico de Armas, informou hoje que os advogados do Primeiro Comando da Capital Sérgio Wesley da Cunha e Maria Cecília de Souza Rachado devem depor na comissão na próxima terça-feira (23). Os dois advogados foram acusados de comprar por R$ 200 a cópia dos depoimentos do diretor o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo, Godofredo Bittencourt Filho, e do delegado Rui Ferraz, em sessão secreta da comissão, prestados na dia 10.
Segundo Faria de Sá, na próxima semana a CPI deverá fazer uma acareação entre os dois advogados e o ex-funcionário da empresa que presta serviço à Câmara, Artur Virgílio Pilastres Silva, que confessou ter vendido a cópia.
O deputado disse também que a CPI está encaminhando hoje um ofício ao presidente da OAB de São Paulo, Luiz Flávio Borges D’Urso, para que seja instaurado um procedimento ético contra os dois advogados.
Marcola
Faria de Sá defendeu que Marcos Camacho, o Marcola, líder do PCC preso em São Paulo, preste depoimento à CPI em Brasília. A CPI já havia aprovado na semana passada requerimento para que Marcola seja ouvido. O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, que está em Washington, disse a interlocutores que não gostaria desse tipo de depoimento na Casa Ele sugere que os integrantes da CPI se desloquem até a penitenciária, em São Paulo.