O presidente do conselho da Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo (Acrimesp), Ademar Gomes, que defende o também advogado Sérgio Wesley da Cunha, desafiou a polícia e a CPI do Tráfico de Armas a divulgarem o conteúdo da fita que teria sido usada para repassar informações sigilosas ao PCC. Cunha é acusado de ter comprado de Arthur Vinícius da Silva um funcionário terceirizado da Câmara, a gravação de um depoimento secreto de delegados do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic).
"Eu acredito na versão do meu cliente, de que ele não está envolvido nesse episódio. Por isso, desafio a polícia a divulgar esta fita para provar se ela provocou mesmo toda esta rebelião", disse Gomes. O presidente do Conselho da Acrimesp disse que Wesley irá depor na CPI do Tráfico de Armas na próxima terça-feira e adiantou que vai requerer uma acareação entre ele e o funcionário da Câmara. Gomes disse ainda que seu cliente assumiu o compromisso de não fugir caso seja realmente decretada sua prisão.
Durante entrevista concedida na sede da Acrimesp, na capital paulista, Gomes também citou que foi procurado por telefone pela advogada Maria Cristina de Souza Rachado, também acusada de envolvimento neste episódio. "Ela estava muito nervosa quando me telefonou. Ficou de vir aqui hoje, mas ainda não apareceu.