Após argumentar por cerca de uma hora e meia, o advogado de defesa dos irmãos Daniel e Christian Cravinhos, Geraldo Jabur, cedeu seu tempo restante para a defesa de Suzane von Richthofen para evitar a anulação do julgamento. O advogado de Suzane, Mauro Nacif, havia ameaçado pedir a nulidade do júri caso não tivesse direito a duas horas e meia de argumentação. "Não quero nulidade", disse Jabur.
Na quinta e provavelmente última sessão do julgamento dos três réus confessos do assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen, Nacif montou uma lousa no palco para fazer sua exposição. No começo da fala dele, Suzane ergueu a cabeça para acompanhar o discurso. Nacif deverá continuar com a versão da moça rica, virginal, obcecada pelo então namorado interesseiro e envolvida na trama por ele. A expectativa é que a sentença seja proferida na madrugada de sábado.
Suzane, Daniel e Christian confessaram ter planejado e matado os pais dela a golpes de barra de ferro, na casa em que a família vivia, em outubro de 2002. Os três foram denunciados pelo Ministério Público por crime de duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas.