Belo Horizonte – O advogado do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, Marcelo Leonardo, afirmou hoje, em Belo Horizonte, que não há procedência no pedido feito hoje pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios para que seja solicitada à Justiça a prisão dele.

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O requerimento foi feito durante uma reunião com o delegado Luiz Flávio Zampronha, da Polícia Federal (PF) – que preside o inquérito sobre o pagamento das supostas mesadas -, pelo relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), e pelo sub-relator, deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ).

A alegação de Serraglio e Paes é de que Valério atrapalharia as investigações, ao fazer mudanças recorrentes nos balanços das empresas, com a justificativa de que corrige erros de informações à Receita Federal.

Conforme Leonardo, ao contrário do argumento deles, o empresário tem colaborado, sistematicamente, com as apurações. Ele informou que o Valério prestou depoimento à PF mais de cinco vezes, deu declarações às CPIs tanto dos Correios quanto do "Mensalão" e compareceu às acareações.

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Além disso, de acordo com Leonardo, ele forneceu todos os documentos e dados que foram pedidos. Quanto à retificação de declarações à Receita e à adequação da contabilidade a estas prestações de contas, o advogado aponta que "este é um procedimento legal, permitido a todo contribuinte pela legislação tributária, para corrigir quaisquer omissões ou incorreções em declarações anteriormente apresentadas e é uma conduta lícita e regular".

Os advogados de Valério aguardarão a posição do Judiciário. "Trata-se de um pedido que não tem procedência, e nós confiamos no Judiciário", disse Leonardo.

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