O advogado José Carlos Dias, contratado para defender os pilotos do Legacy, suspeitos de terem provocado o acidente com o Boeing da Gol, irá se encontrar com o delegado Renato Sayão, da Polícia Federal do Mato Grosso, na semana que vem. Dias quer marcar logo o depoimento de seus clientes para que seja esclarecido o que de fato aconteceu na cabine de comando do jato nos momentos que antecederam a colisão.
Em depoimento à Polícia Civil mato-grossense (cujo inquérito foi aberto logo após o acidente), o piloto do Legacy, Joseph Lepore, e o co-piloto, Jan Paul Paladino, disseram que tentaram se comunicar com controladores de vôo antes do choque, mas não conseguiram. No Rio desde o início da semana, os pilotos estão sendo protegidos do assédio da imprensa.
Assustados com a repercussão do caso e os rumos das investigações, os pilotos foram orientados a não dar qualquer entrevista e não conversar com pessoas que não sejam seus advogados ou funcionários da empresa para a qual trabalham, a ExcelAire. Outra recomendação é para que não acompanhem o noticiário sobre as investigações, de modo que seus futuros depoimentos à polícia não sejam "contaminados" com informações veiculadas pela imprensa. "Eles vão contar tudo o que aconteceu. Não há o que esconder", afirmou José Carlos Dias.