Advogado de Naya considera “injustiça” novo pedido de prisão preventiva

O advogado de Sérgio Naya, Ubiratan Guedes, considerou "uma injustiça" o novo pedido de prisão preventiva de seu cliente, feito pelo Ministério Público Estadual do Rio, mas prometeu que, se a prisão for decretada, o ex-deputado vai se apresentar e em seguida recorrerá à segunda instância. Naya já teve os bens bloqueados pela Justiça, que o considerou responsável pela morte de oito pessoas em conseqüência do desmoronamento do edifício Palace II, em 1998.

Os novos argumentos para o pedido de prisão foram apresentados pelo promotor Rodrigo Terra à 17ª Vara Criminal. Terra baseou-se em um alvará emitido pela prefeitura de Osasco, no fim do ano passado, autorizando o prosseguimento de uma obra em um terreno de Naya, que está com os bens bloqueados pela Justiça. Segundo Terra, Naya está "cometendo um crime", pois a construção de 18 prédios no local foi proibida pela Justiça. O promotor insiste que Naya representa risco à ordem pública, porque, em liberdade, "continua cometendo crimes".

Ubiratan Guedes garante que Naya não pediu alvará à prefeitura de Osasco. Segundo o advogado, a prefeitura deu apenas uma autorização para que um grupo evangélico faça estudo de viabilidade no terreno de Naya. "Se eles acharem o projeto viável, vão se habilitar nos autos e poderão depositar o valor do terreno em juízo. Se isto acontecer, o valor vai direto para as indenizações dos moradores do Palace", disse Guedes.

Terra diz que foi informado pela atual administração de Osasco sobre a concessão do alvará, agora suspenso pelo governo municipal. "O que chama atenção é a prática de crime de desobediência, pois Naya está proibido de construir qualquer coisa no terreno e foi obrigado a demolir o que tinha sido construído, sob pena de multa diária. Mas não demoliu nada e a multa já está em mais de R$ 29 milhões", disse Terra.

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