Liberado pela Inter de Milão para passar alguns dias de férias no Brasil, o atacante chegou de boca fechada ao Rio de Janeiro, hoje de manhã.
"Não posso dar entrevistas", avisou o atacante, que confirmou apenas ter recebido do clube a dispensa, e ainda não tem data definida para voltar – o técnico Roberto Mancini só conta com ele para dezembro, e pediu nesta terça-feira que ele fosse esquecido pela imprensa enquanto estivesse no Brasil.
Adriano vive má fase desde a temporada passada, quando a Inter herdou o título italiano depois das punições a Juventus e Milan, ambos envolvidos no escândalo de manipulação de resultados. Seu último gol com a camisa do clube foi em março, num jogo contra o Villarreal, pela Liga dos Campeões.
Depois disso, o atacante marcou apenas pela seleção brasileira: dois gols contra o Lucerna e uma contra a Nova Zelândia, nos amistosos antes da Copa do Mundo, e um contra a Austrália e outro em Gana, este impedido, no Mundial. Foi barrado pelo técnico Carlos Alberto Parreira no jogo contra a França, em que entrou apenas no segundo tempo, e viu dentro de campo o Brasil ser eliminado da Copa.
Após a Copa, Adriano perdeu espaço no ataque da Inter, com a chegada do argentino Crespo e do sueco Ibrahimovic. Recebeu algumas chances do técnico Roberto Mancini, mas pouco fez em campo. Na semana passada, foram divulgadas por um jornal sueco fotos em que ele aparecia numa festa, acompanhado de várias mulheres e até fumando. Depois disso a Inter resolveu liberá-lo – com a condição de que ele se mantenha quieto no Brasil.
Revelado pelo Flamengo, Adriano transferiu-se cedo, em 2001, aos 19 anos, para o futebol italiano. Foi contratado pela Inter, mas só defendeu o clube depois de passar, por empréstimo, por Parma e Fiorentina. Agora, a imprensa italiana dá como certa sua saída na reabertura das transferências no mercado europeu, em janeiro.