Adolescente de família envenenada está internada para desintoxicação

Única sobrevivente da família que morreu envenenada com arsênico em janeiro,
M.M.C, de 15 anos foi internada em um hospital para desintoxicação assim que
retornou a Campinas, no final da noite de sexta feira. "Ela reclamou de dores
abdominais e nas mãos", disse o advogado Daniel Keleti representante da família.
A adolescente estava em um hotel no município de Cascavel-PR e pediu à polícia
para voltar. A garota havia fugido da casa da avó no dia 21 de
fevereiro.

A apuração do caso está sob segredo de Justiça. Morreram o pai
de M.M.C., médico homeopata Hudson da Silva Carvalho, de 46, a mãe Thelma
Almeida Migueis, de 43 e a irmã Layla Migueis Carvalho, 17 anos. Todos
intoxicados com arsênico. Exames clínicos apontaram que M. também havia ingerido
a substância.

Um laudo divulgado no mês passado pelo Instituto de
Toxicologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) apontou a presença de
arsênico no organismo de M. que estaria correndo risco de vida entre outras
complicações de saúde.

A assessoria de imprensa do Hospital das Clínicas
da Unicamp informou que, de acordo com a Procuradoria Jurídica da Universidade,
"não poderia confirmar ou negar" a internação da adolescente. De acordo com o
advogado, a internação da jovem foi autorizada por uma juíza plantonista "em um
excelente hospital", despistou. "Ela está bem e a sua alta médica depende de
como irá reagir ao tratamento", afirmou.

Assim que sair do hospital,
deverá prestar esclarecimentos aos delegados que conduzem o inquérito. O
advogado Daniel Keleti diz que a família está disposta a encarar os fatos e vai
aceitar qualquer que seja a conclusão da investigação policial. "Doa a quem
doer. Envenenamento acidental por alguém da família ou de fora, seja o que
for".

Quanto à fuga para Cascavel-PR, o advogado diz que ela estava "se
sentindo acuada e temia ser apontada como culpada pelos fatos". Em outubro do
ano passado a garota havia fugido da casa dos pais e foi para o Rio de Janeiro.
Esteve na casa de um tio que a trouxe de volta. Na ocasião o pai registrou um
B.O. sobre seu desaparecimento justificando que a garota sofria de
bulimia.

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