O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, defendeu seu secretário particular, Ademirson Silva, durante seu depoimento à CPI dos Bingos. Questionado sobre seu relacionamento com Ademirson, com quem trabalha há 17 anos, Palocci afirmou que ele é homem "honrado". Perguntado sobre a quantidade de ligações telefônicas que Ademirson fez para Ralf Barquete, Rogério Buratti e Wladimir Poletto a partir de 2003, reconheceu que estranhou a quantidade de ligações e questionou o secretário sobre isso.

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Palocci disse que o assessor informou a existência de uma série de inconsistências nos dados telefônicos. Como exemplo Palocci relatou que 60% das ligações registradas na quebra de sigilo não ocorreram: eram apenas tentativas que não se concretizaram. Ele relatou ainda que, na quebra de sigilo está registrado que, em 39 segundos, houve 15 ligações. "Acho meio impossível isso ter acontecido. Mas não é uma informação oficial. O Ademirson está fazendo uma perícia sobre isso", disse o ministro levando outra informação à CPI. Ele disse também que um segundo depois de uma ligação de 12 minutos ter começado havia o registro de outra ligação.

Palocci, disse à CPI dos Bingos que não pode responder pelas ações de pessoas que trabalharam com ele em gestões anteriores. Segundo ele, só pode ser responsabilizado das ações daqueles que hoje trabalham com ele. A afirmação do ministro foi feita por causa dos questionamentos do relator da CPI dos Bingos Garibaldi Alves (PMDB-RN), que indagou sobre as ações de Rogério Buratti, Ralf Barquete e Wladimir Poleto em Brasília. Garibaldi chegou a questionar se Palocci os qualificaria de lobistas. Palocci se recusou

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