Acusados no caso do dossiê serão indiciados pela PF por quatro crimes

A Polícia Federal anunciou nesta segunda-feira (30) em Cuiabá que vai indiciar "nos próximos dias" em pelo menos quatro tipos de crimes a organização de quadros petistas envolvidos com o dossiê Vedoin. O delegado Diógenes Curado, que dirige o inquérito sobre a trama já decidiu que cabe o enquadramento do grupo nos delitos de formação de quadrilha, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro (lei do colarinho branco).

Os primeiros indiciados deverão ser Gedimar Passos e Valdebran Padilha, flagrados dia 15 de setembro em São Paulo de posse de R$ 1, 75 milhão – bolada que o PT iria usar para adquirir o dossiê contra políticos tucanos. A PF também resolveu que vai enquadrar Hamilton Lacerda, ex-coordenador da campanha de Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo.

Sobre os outros protagonistas do caso – Expedito Veloso, Osvaldo Bargas e Jorge Lorenzetti – a PF ainda espera sinal verde da cúpula da instituição para decidir se promove o indiciamento ou não. Eles são muito ligados a Lula, que primeiro os chamou de aloprados, depois de "meninos".

Casas de câmbio

Os federais confirmaram que estão investigando outras casas de câmbio. A PF corrigiu informação, por ela mesmo divulgada, de que já tinha esgotado a apuração sobre a origem de todos os US$ 248,8 mil encontrados no Hotel Ibis Congonhas.

A PF informou que descobriu a origem de apenas US$ 109,8 mil. A quantia saiu da Vicatur, uma casa de câmbio que lançou mão de uma família de laranjas para fechar contratos fraudulentos. Falta descobrir de onde saiu a diferença – US$ 139 mil.

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