Acusados de queimar quatro pessoas vivas após um assalto em dezembro do ano passado, o serralheiro Joabe Severino Ribeiro e o eletricista Luis Fernando Pereira não quiseram dar declarações à Justiça sobre o crime que chocou Bragança Paulista, no interior de São Paulo. O interrogatório desta terça-feira (23) foi antecipado a pedido da Polícia Militar por motivos de segurança e durou cinco minutos. Às 15h50 os acusados saíram do Forum escoltados pela PM. Eles estão presos no presídio de Tremembé, na capital paulista.
Ribeiro e Pereira saíram sob gritos de "assassinos" de cerca de 50 moradores de Bragança e familiares das vítimas. "Só acredito na justiça de Deus, a justiça do homem é falha e protege monstros como esses", disse Magali Faria da Silva, irmã da gerente Eliana Faria da Silva, uma das quatro vítimas.
Os advogados Luiz Alberto Contessa Campos e Aberico Ferreira Campos, constituídos para defender Pereira e Ribeiro, respectivamente, têm até sexta-feira para apresentar defesa prévia e os nomes das testemunhas. A promotoria já arrolou oito testemunhas de acusação.