A Justiça Federal em São Paulo vai interrogar esta dois dos 13 acusados de participação no esquema de fraudes em empréstimos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de tráfico internacional de pessoas. Os primeiros a serem interrogados serão os irmãos Washington Domingos Napolitano e Edson Luis Napolitano, que gerenciavam uma casa de prostituição usada na lavagem do dinheiro obtido ilicitamente. Os interrogatórios serão na 2ª Vara Criminal Federal, especializada em lavagem de dinheiro e crimes financeiros.

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Na sexta-feira (23), a Justiça Federal deve ouvir o advogado e o ex-conselheiro do BNDES Ricardo Tosto, Boris Timoner e o coronel reformado Wilson de Barros Consani Jr. Já na segunda-feira (26), os interrogados serão Marcos Vieira Mantovani, João Pedro de Moura, Celso de Jesus Murad, José Carlos Guerreiro e Manuel Fernandes de Bastos Filho, acusado de ser o líder da organização criminosa e o único que se encontra foragido desde a deflagração da Operação Santa Tereza, da Polícia Federal, que desbaratou a quadrilha, no dia 24 de abril.

A operação teve início com uma investigação sobre a casa de prostituição WE, localizada no bairro da Bela Vista, em São Paulo. Nas interceptações telefônicas, autorizadas judicialmente surgiu a informação de que a organização criminosa também atuava em um esquema de fraudes de financiamentos no BNDES, utilizando-se de pessoas com influência política no banco.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), as pessoas que se aproveitavam da influência política eram Ricardo Tosto e João Pedro de Moura, um assessor da Força Sindical, que também já foi conselheiro do BNDES.

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As investigações policiais, baseadas em monitoramento telefônico e documentos como planilhas, e-mails, notas fiscais e material manuscrito pelos acusados, comprovaram fraudes em três financiamentos: um para obras da Prefeitura de Praia Grande, na Baixada Santista, totalizando R$ 124 milhões, e dois para a expansão da rede de lojas Marisa, de R$ 220 milhões.