Acusado de receber mesada, PMDB perde Previdência

Na reta final da negociação da reforma do ministério com o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, o PMDB perdeu hoje uma das quatro vagas que acertara na
sexta-feira: a Previdência Social. O envolvimento do nome do líder do PMDB na
Câmara, José Borba (PR), nas denúncias do pagamento de mesadas a parlamentares
da base aliada custou a vaga ao partido.

Além de ver sua cota de poder
encolhida, a cúpula governista ainda tinha dúvidas
sobre a permanência da legenda à frente do Ministério das Comunicações, para o
qual a bancada do Senado indicara o senador Hélio Costa (MG). A única boa
notícia foi um recado do Planalto de que estava de pé a indicação do deputado
Saraiva Felipe (MG) para a Saúde, no lugar do petista Humberto
Costa.

Mas, segundo um dirigente do partido, a única vaga assegurada 100%
era a de Silas Rondeau, afilhado do senador José Sarney (AP), para as Minas e
Energia. Embora Hélio Costa tivesse o apoio unânime da bancada de senadores e
insistisse em que só participa do governo se puder contribuir em uma área da
qual entenda (leia-se Comunicações), outro nome permanecia na mesa de
negociações: o do deputado Delfim Neto (PP-SP). Ele conta com o apoio discreto
do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e também já disse que não aceita outra
área que não a de Comunicações.

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