Belém – Acusado de atuar como intermediário no assassinato da missionária Dorothy Stang, em fevereiro, em Anapu, sudoeste do Pará, o capataz de fazenda Amair Feijoli da Cunha, mais conhecido como "Tato", está desde ontem (29) no Presídio Estadual Metropolitano 3, de segurança máxima, localizado em Santa Isabel, a quilômetros de Belém. Segundo um ofício enviado no dia 22 pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Estado, Ophir Cavalcante Júnior, ao procurador-geral de Justiça, Francisco Barbosa de Oliveira, há o temor de que "Tato" considerado peça-chave no processo, seja morto dentro da cadeia.
Os outros dois acusados pelo crime e condenados pela Justiça, Rayfran Sales e Clodoaldo Batista, também denunciam que recebem ameaças e temem ser assassinados, mesmo estando separados de outros presos. Sales disse que o autor das ameaças seria "Tato", que dividia com ele e Batista a mesma cela até o começo da semana. A transferência de "Tato", afirmou o chefe do Sistema Penal, Alírio Sabbá, foi por "medida de segurança".
Sales e Batista devem depor no julgamento de "Tato" e dos acusados como mandantes, os fazendeiros Vitalmiro Bastos Moura, mais conhecido com "Bida", e Regivaldo Galvão, conhecido como "Taradão". A data do julgamento ainda não foi marcada pelo Tribunal de Justiça (TJ), mas deve ocorre ainda no primeiro semestre de 2006.
